Os primos dos Açores
- policiasdadoxa
- 9 de fev. de 2021
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Por Agente 007
Na passada sexta-feira, o Expresso noticiou que o governo dos Açores, constituído por PSD, CDS e PPM e suportado por acordos com IL e Ch, terá um aumento de 8 milhões de euros em despesas relacionadas com cargos de nomeação política. Além disso, foi também possível constatar ligações familiares entre estes cargos e elementos dos partidos que formam governo.
Estes acontecimentos, a serem verdade, podem causar uma crise política na região uma vez que os acordos com os partidos que sustentam o governo contêm o compromisso de uma redução dos custos de funcionamento em ambos os casos e a criação de meios de combate à corrupção no caso do Chega.
Tanto a Iniciativa Liberal como o Chega já se pronunciaram sobre o assunto. A IL foi perentória quanto a este assunto, “não aprovará nenhum orçamento com aumentos de custos de funcionamento do governo e que demonstrem a prática de compadrios e nepotismo em detrimento do mérito” enquanto que o Chega disse ter a garantia de que estas relações familiares não existem nem existirão como padrão e, como tal, mantém a confiança no governo.
A consistência ideológica é tremendamente importante para a credibilidade dos partidos políticos, sobretudo quando estes se encontram numa fase de afirmação inicial. Partidos que fazem campanha a favor da diminuição da despesa pública corrente não podem sustentar partidos que a aumentem. Partidos que acusam os outros partidos de nepotismo não serão uma alternativa se cometerem os mesmos erros na primeira oportunidade.
A constatação recorrente de más práticas políticas, nas quais está incluído o nepotismo, deu abertura e oportunidade à entrada de novos partidos no seio da democracia em Portugal. Com o passar do tempo, podemos constatar a verdadeira génese e interesses destes partidos e os próximos acontecimentos nos Açores serão uma excelente oportunidade para o povo tirar as suas conclusões.
Agente 007

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