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Como podemos ajudar?

  • policiasdadoxa
  • 14 de mar. de 2021
  • 2 min de leitura

Por Agente Alfa

Vida.

Este deve ser o conceito que está ou deveria estar no centro desta discussão.

Como todos os conceitos, este também pode ser alvo da respetiva interpretação.

Ora, então, tentemos responder a algumas questões:

- Qual a definição de “Vida”?

- Quem devemos tomar como o principal decisor daquilo a que chamamos “Vida”?

Olhando para as questões acima e perguntando a pessoas diferentes, teremos certamente uma variedade imensa de respostas, influenciadas pela multiplicidade de fatores que constroem os ideais de um ser humano.

Não há uma resposta certa e universal, mas sim uma resposta certa na sua individualidade.

Dependendo daquilo que são os ideais de um indivíduo e desde que as consequências das suas decisões não afetem mais do que a ele próprio, não deveríamos dar-lhe a liberdade para decidir algo sobre ele próprio, como fazemos com tantas outras coisas, no nosso dia-a-dia?

A Eutanásia é o ato intencional de proporcionar a alguém uma morte rápida e indolor para aliviar o sofrimento causado por uma doença incurável e que provoca um grande sofrimento. Pode ser voluntária ou involuntária, dependendo se é o próprio doente que decide de forma consciente e dentro dos parâmetros necessários ou é decidido por outro (com base em desejos outrora manifestados pelo doente). Classifica-se ainda em ativa - se houver uma intervenção direta e deliberada - ou passiva - no caso da interrupção de um tratamento necessário à sobrevivência.


Onde é permitida por lei, a eutanásia deve ser levada a cabo por médicos, ou sob a sua supervisão, já que é realizada por motivos clínicos.

Esta é também uma das questões frequentes nesta discussão – quem deverá assumir essa responsabilidade? Haverá direito à objeção de consciência?

Ora, pelos mesmos princípios acima mencionados, também deveria ser dada a liberdade de escolher entre a prática ou não deste tipo de ato.

Assim, a despenalização da eutanásia e a respetiva regulamentação permitiriam que houvesse a opção sem uma obrigação, pelo que, a favor ou contra, poder-se-ia escolher, conforme aquilo em que acreditamos, sendo respeitados na nossa escolha.

Adicionalmente, é importante referir que existem também os Cuidados Paliativos que têm hoje recursos para prevenir o sofrimento provocado por doenças prolongadas, incuráveis e progressivas, proporcionando a máxima qualidade de vida possível aos doentes e às suas famílias.


No final, o mais importante antes de qualquer decisão, é serem dadas a conhecer ao doente todas as possibilidades que tem ao seu dispor perante as queixas que motivam o seu pedido de ajuda.


Afinal, seja através do acesso a Cuidados Paliativos ou à Eutanásia, não será ceder ao último pedido a forma mais bonita de dignificar o fim de vida daquele que nos pede ajuda?


Agente Alfa



 
 
 

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